Quem me conhece sabe que sou um otimista com grande sentido de realidade (vulgo pessimista). Sabe também, por certo, que não sou propriamente corajoso nem dado a grandes combates. Sou talvez um revolucionário de sofá (e daqueles sem grande "estatura moral").
No entanto, por estes dias, não consigo deixar de sorrir.
Aquela sensação, permanente, de "azia" para com o mundo, para com todos os que achasse estarem ainda mais abaixo que eu na escadaria da moral, parece estar a desaparecer.
Se há milagres que eu aprecio, com tantos defeitos e mais o de não ser nada religioso, são estes milagres de ver um povo inteiro ser uma só pessoa. Ser uma só pessoa apesar do medo, uma só pessoa apesar do pouco a perder ser tudo o que lhe resta.
Talvez por isso, talvez só por isso, me apeteça sorrir mais, descer do sofá e começar por mudar quem tenho poder para mudar ... eu !
E se uma luz pode ser apenas um reflexo ou miragem, em tempos de escuridão é por certo melhor do que nada !
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